terça-feira, 17 de junho de 2014

EXAGERADA SIM, E SEM FOCO.

16. "Exagerada, jogada aos teus pés , eu sou mesmo exagerada..." Já dizia Cazuza quando compôs essa música para mim mesmo sem saber. Tenho tendência a fazer tempestades em copos dágua e depois ver que não era para tanto mas aí , já foi." Do post "25 coisas sobre Alice".


Dor, silêncio profundo, saltos megalomaníacos, quedas memoráreis. Não traria 1000 rosas roubadas  e nem muito menos poderia pintar todas de vermelho porque não teria paciência para tanto (mesmo que vontade não me falte)... exagerada sim, mas sem foco. Essa sou eu: sangrando, jorrando litros de sangue por segundo com gargalhadas loucas por um simples copo d'água. Exagerada ao chorar, ao imaginar, ao planejar, ao procrastinar...  executar várias cenas pro mesmo fim e muitas vezes não chegar a qualquer um deles. Sentir tanto de si mesma e embriagar-se de qualquer coisa. Qualquer coisa que se sinta, que preencha qualquer minúsculo espaço. Como gostaria de me esvaziar um pouco, pois o silêncio nunca é o silêncio. Preciso estar deliberadamente apaixonada ( paixão cruel ,desenfreada), nem que seja por um instante e este momento pareça ser eterno como um poema. Mas quando ele acaba , sempre caio num abismo sem fundo. E nem adianta "Mendigar, roubar, matar... pra mim é tudo ou nunca mais". Exagerada sim e hiperativa. Preciso sempre de vários projetos, faço listas tentando silenciar minha mente. Não consigo parar o trafego de ideias, de fantasias, de sentimentos... esses que não me deixam aprender que apenas sonhar não é suficiente para realizar a ação. Ter vontade, desejar , não significa necessariamente fazer e conquistar. O mundo real é cheio de armadilhas para quem não pisa no chão e tenta voar sem asas. E não adianta pensar em coisas boas, não dá certo aqui, eu já tentei várias vezes.