Um diagnóstico de depressão e a sensação de fragilidade fez com que eu abandonasse a cortina de fumaça que envolvia meus sentimentos e demonstrasse mais às pessoas o que estava sentindo. Desde quando comecei a tomar antidepressivos, não podia mais esconder das pessoas com quem convivia o que estava acontecendo comigo, então assumi que estava com depressão a todo mundo. Geralmente as pessoas escondem com vergonha ou por não aceitarem a sua condição, e até confesso que foi muito corajoso de minha parte me expor daquela maneira. Mas como muitas religiões pregam talvez do meu sacrifício tenha vindo a minha redenção e foi a partir de uma conversa com o coelho branco que surgiu a suspeita de que eu tinha TDAH. Sempre me senti bastante inquieta, principalmente mentalmente, mas pelo fato de não apresentar uma hiperatividade física sempre descartei essa hipótese. Procurei fazer terapia, muito recomendado para quem apresenta um quadro depressivo e então informei a minha psicóloga sobre essa possibilidade e foi assim que começamos a investigar. Durante várias sessões, o chapeleiro maluco (talvez uma das poucas pessoas que me leva a sério) leu trechos de Mentes Inquietas, um best seller de Ana Beatriz B.Silva , para que ao mesmo tempo em que me informava sobre o transtorno também pudesse analisar diante do meu histórico de trapalhadas um diagnóstico mais preciso, confrontando a minha realidade diante das características de um TDAH. Prontamente me identifiquei , como se finalmente tivesse encontrado meu lugar no mundo. Descobrir esse universo abriu as portas para que começasse a entender o que eu sempre senti, de onde vinha a confusão da minha cabeça, porque acontecia certas coisas justamente comigo. Também venho pesquisado muitas coisas na internet sobre o assunto, já que tenho a sensação que perdi muito tempo da minha vida sem diagnóstico, e o pior : sem um tratamento, sendo rotulada de várias coisas desagradáveis por algo que não conseguia nem dominar e nem entender. Assim , eu estou procurando me informar sobre o assunto, me agarrando como uma desesperada na possibilidade de finalmente tentar entender porque sempre me achei um peixe fora d’água e quem sabe descobrir que no País das Maravilhas talvez exista um oceano onde finalmente possa nadar livremente, sem culpas, sem barreiras , sem estigmas.
Abaixo uma entrevista de Ana Beatriz B.Silva no progama sem censura onde a mesma fala sobre o TDAH.
dica pra quando for nadar livremente, fuja dos golfinhos mal carater.
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