Bagunça. Essa é a minha palavra. Até me achava organizada há um tempo, mas me deparei com uma realidade muito curiosa a meu respeito. Acordo pela manhã, arrumo minha cama e me deparo com a bagunça da minha mesa... Nossa, não sei como consigo fazer isso sozinha. Deixo meu quarto organizado e saio pra trabalhar. No outro dia , faço a bagunça e começa tudo novamente... No trabalho a mesma coisa. Uma vez reclamaram da minha bagunça, achei esquisito no momento, depois assumi pra mim mesma que isso era gritante quando comecei a observar o rastro de coisas que deixava por todos os lugares em que eu passava. Eu não me dava conta disso. Agora posso entender que tudo isso é conseqüência da minha hiperatividade, já que não consigo, ou pelo menos me esforço muito pra fazer uma coisa só. Vou fazendo algo, e muitas vezes antes de terminá-la já inicio outra coisa, ou quando acabo, antes que possa guardar as coisas que tirei do lugar para executar a tarefa, já vou fazendo a tarefa seguinte. Existe uma dificuldade do tdah de controlar seus impulsos, mas quando se o conhece é mais fácil de tentar contorná-lo e é o que tenho feito. O país das maravilhas parece confuso, ainda bem que temos um gato sorridente que mesmo desaparecendo no ar, sempre nos indica um caminho que podemos seguir.
As minhas bagunças também são épicas! Basicamente passo a vida tentando limpá-las! Me surpreendi o dia que me disseram no trabalho que eu era organizada, mas deve ser porque fico tão neurótica em não estender a bagunça pro trabalho, que desenvolvi mecanismos pra evitar a bagunça!
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