Boiei à deriva vários dias em águas e escuras e turbulentas. Já estive lá antes mas não por tanto tempo. Sabia que um dia iria voltar à terra salva embora com sequelas, mas ainda assim , tive medo da escuridão e do mar de águas salgadas que eu mesma tive a capacidade de produzir. Era feito das minhas próprias lágrimas mas poderia sim me afogar nelas, morrer e então morrer infinitas vezes até sair de lá. Então foi desse jeito, me afogando, sufocada, morrendo e voltando a flutuar sobre as águas inerte que revivi meu inferno particular. Por que? Porque assim sou eu, essa pessoa cheia de emoções confusas, de sentimentos profundos e sombrios e como todas as pessoas, TDA ou não, um poço de contradições. Porque muitas vezes de tanto querer viver a vida às vezes dói demais. Porque as pessoas se vão, mesmo quando a gente não quer , as coisas mudam independente de nosso querer e tudo segue seu curso imponente e indiferente do nosso desejo e no meio de todas essas coisas existe o caos que existe para que a tranquilidade também exista. Portanto, devo a todos um pedido de desculpas e fico devendo mais explicações quando eu tiver entendido o Porquê de tudo isso que não sei nem o que é. Bem vindos de volta à luta diária de Alice contra os Jaguadartes.
Dói, né Alice!
ResponderExcluirTe confesso que esse post me levou às lágrimas.
Sei exatamente o que é isso, a sensação de que a vida escapa de nosso controle e vai se afastando da gente. Ao longe vemos tudo aquilo que amamos e que prezamos tão inacessível.
E o pior é que, de repente, quando voltamos a viver descobrimos que nós é que nos afastamos, nós é que mergulhamos nesse limbo.
Bem vinda de volta, amiga. Se precisar sabe onde me encontrar.
Abraços
Alexandre
Obrigada mais um vez pelo apoio, Alexandre. Sim, dói mas isso tb significa que estamos vivos, faz parte. A recíproca é verdadeira, se precisar pode contar comigo. Abç.
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