Andar sozinho no deserto é o contrário de estar à deriva no alto mar? ou dois lados da mesma solidão? Um estado devastado , uma imensidão de um vazio repleto de turbulência e silêncio? Caminho entre o sol escaldante e tempestades de areia ou noites frias sob uma lua esmagadora. Apesar de andar horas e horas sinto-me como se em voltas não chegarei a lugar algum. Talvez jamais encontre algo vivo por aqui, por isso vago entre a imensidão de areia. Alice perdeu-se de seus sonhos e depois de nada num mar de lágrimas, enfrenta o deserto de sua apatia indesejada, de seu cansaço pesante. Além das dificuldades da areia fofa , o peso que imprensa seu peito está cada vez mais forte e sufocante. Não vejo coelhos, nem rainhas, nem Jaguadartes. Pareço sucumbir à danação eterna. Isso está mais para o Inferno de Dante do que para um Mundo Subterrâneo cheio de desafios e criaturas estranhas. Há quantos ciclos já vaguei , não sei ao certo mas tento desesperadamente de um redenção dada por mim mesma. A depressão é uma das comorbidades do TDAH mais recorrentes e doloridas que se pode sentir, pois é assim que me minha carne tem sofrido sem a proteção de sua pele. Até o vento me agride em voz baixa, até meus olhos se escondem de mim mesma. Esperando que as cicatrizes mais uma vez venham me resgatar do meu deserto particular.
Entendo em gênero, número e grau. Esperar as cicatrizes... é isso mesmo. Traduziu bem.
ResponderExcluirUm grande abraço!
Ana.
Outro pra vc e obg pela atenção. O tempo cura tudo msm.
ExcluirOi Alice, sinto falta de seus posts. Mesmo os tristes como esse são belíssimos.
ResponderExcluirCoragem amiga, os TDAHs somos muito fortes e vencemos até as comorbidades.
Conte comigo.
Abração
Alexandre
Obg , Alexandre... sim, somos guerreiros sempre. Abç.
ResponderExcluir